

Outro dia cismei que queria acrescentar mais duas palavrinha ao meu corpo,
Fé e Yeshua (Jesus em Hebraico)… Que meu marido não me escute!!!
Amo tattoos!!! Mas, já tenho 6…
Queria muito entrevistar e fazer minhas novas obras de arte com uma TATUADORAAAA…
Então…dali GOOGLE!!!
Como pude confirmar, não são muitas, principalmente em BH.
Já tinha o nome… mais uma busca… agora pelo Face… e aí estava ela toda Linda e Estilosa!!!
Era ela Mariana Hoffman!!!
Enviei uma mensagem e fui Super Bem Recebida!!!
No que deu… por enquanto, somente esta entrevista!!!
As Obras de Arte virão em Breve!!!
Sorry Husband!!!
Nome: Mariana Hoffman
Idade: 30 anos
Profissão: Tatuadora e estudante de Design de produto
– Como surgiu sua paixão por tattoo? Como começou a tatuar?
Desenho desde bebê, como diz minha mãe, e sempre amei todo tipo de expressão artística.
Quando me interessei por tatuagens eu era bem novinha, tinha apenas quatorze anos, mas o meu interesse era em ter uma tattoo.
Com muito custo consegui convencer minha mãe a autorizar minha primeiríssima arte eterna.
Com o passar dos anos minha paixão por tattoos só aumentou.
Com vinte anos eu já tinha três.
Foi aí que meu tatuador e amigo Érik, perguntou por que eu não começava a fazer séries para vender em convenções (Convenções de tattoo são feiras onde há exposições, concursos de melhores tatuagens e muitas pessoas vão para se tatuar) e eu gostei da ideia.
Na época eu dava curso de desenho de observação num atelier na cidade de Carangola, onde morava com meus pais.
Mais do que depressa escolhi o estilo comercial feminino e comecei a criar minha primeira série de tattoos (Séries de tatuagem são coleções com desenhos feitos próprios para tatuagem, existem vários estilos; Realismo, oriental, comercial feminino, comercial masculino, maori, etc…)
Com a série terminada, fui a São Paulo participar de uma das maiores convenções de tattoo do Brasil, a Led´s Tattoo e não imaginei que me encantaria tanto com esse mundo…
Vi as cooperações entre os tatuadores e o clima de amizade, conheci muita gente.
Verdadeiros artistas!!! Aquilo sim era arte!!!
Vendi todas as 40 cópias que preparei e voltei para casa disposta a aprender.
Sabia que ali estava algo com que eu realmente poderia me realizar no contexto “arte e satisfação”.
Comprei meus primeiros materiais, máquinas, tintas…
Sempre preocupada em utilizar o que havia de melhor no mercado e me dedicar a aperfeiçoar sempre.
Comecei tatuando uns amigos muito corajosos e deslanchei.
Quando vi tinha a maior loja da cidade e atendia toda a região.
Minha loja não parava vazia.
Em 2007 me apaixonei por outro tipo de arte, mais técnica e precisa, Design de Produto.
Vim para Belo horizonte estudar.
Hoje fazem 10 anos que tatuo.
Ssou especializada em traços mega finos, mas tatuo todos os estilos e tenho clientes para todos os gostos.
Tenho certeza que no dia que escolhi tatuar, fiz a escolha mais sábia da minha vida!!!
– O mercado é predominantemente masculino. Existe preconceito por você ser mulher?
Em São Paulo e no Rio, todos os estúdios tem ao menos uma tatuadora.
A preferência dos donos por elas, é para suprir a demanda de mulheres que querem tatuar em locais íntimos e não tem coragem de fazer o procedimento com um tatuador homem.
Aí já começa o preconceito…
Nós mulheres tatuamos tão bem quanto os homens, além de sabermos desenvolver desenhos grandes e masculinos, também somos melhores em pequenos detalhes, certas delicadezas que a maioria dos homens por terem as mãos mais brutas não consegue.
Em Belo Horizonte, existem pouquíssimas tatuadoras, pode contar nos dedos das mãos, acho que a grande dificuldade aqui é o preconceito por parte de muitos estúdios que não querem ter mulheres tatuando.
Quanto aos clientes, sempre rola desconfiança, lógico, para aqueles que não conhecem meu trabalho.
Já vivi vários casos assim, principalmente por clientes homens.
– O que te inspira?
Cada trabalho é único, mesmo já tendo feito alguns muito parecidos é como se fosse o primeiro.
Quando estou livre para criar tento me guiar pelo movimento, artes mais gráficas e cores.
Usar movimento nos desenhos desprende e desenrijece a tatuagem, não acho bacana a estaticidade de certas tattoos que vejo por aí.
O corpo e o pensamento humano são maleáveis e flexíveis, a arte que o envolve não pode deixar de ser.
– O que uma pessoa deve ter em mente na hora de escolher uma tatoo para chamar de sua?
Nós estamos à disposição para conversar e interpretar da melhor forma o que se passa na cabeça dos clientes, podemos dizer que somos decifradores de pensamentos confusos, rs…
A maioria das pessoas já tem em mente o que querem fazer, mas não conseguem expressar ou materializar em desenho.
Por isso normalmente marcamos uma consulta para chegar à arte exata, colocar no papel e depois na pele o que a pessoa queria.
Para chamar uma tatuagem de realmente sua, primeiramente ela deve expressar algo legítimo, próprio e particular, mesmo que seja um desenho da moda, as alterações podem ser feitas para torna-la algo especial.
Para chamar de sua é necessário sair da cópia, não tatuar simplesmente porque esse ou aquele desenho está na moda.
Llembre-se, moda passa e sua tattoo ficará por toda a vida.
As pessoas confundem muito, acham que a tattoo é algo momentâneo, ou simplesmente não pensam nelas a longo prazo, cometendo muitas vezes um grande erro.
Mesmo que você sinta afinidade com algum desenho que esteja na moda, para chama-lo de seu, você deve incorporar algo bem particular.
– Qual o seu estilo?
Tatuo de tudo, ao ver meu portfólio fica difícil identificar o que eu realmente gosto mais de tatuar.
Tenho imensa preferência por tattoos delicadas, normalmente as femininas, com traços finos e muitos detalhes, como florais, ramagens e Sketchings.
Isso não quer dizer que também não goste de desenvolver e tatuar desenhos chapados ou fechamentos (Fechamentos são tatuagens que tomam todo um membro, como; braços, pernas e costas).
– Qual a ligação da moda com a tatoo?
Existe e não existe ligação!!!
Tatuagem está totalmente desconexo a moda no contesto de coexistir.
Já foi vista com muito preconceito, mas hoje faz parte da pura necessidade de diferenciação do ser humano.
Não digo isso no âmbito de desenhos, mas sim no sentido de se ter uma tattoo.
Costumam dizer que o ser diferente hoje é não ter tattoos.
Errado!!!
O “ser” diferente hoje é a escolha do estilo a se tatuar, algo que te descreva, ajudando na representação da sua personalidade.
Tatuagens nunca deixarão de ser feitas, na verdade se fará cada dia mais.
Sobre a ligação com a moda, devo dizer que existe uma forte ligação no sentido do que “está sendo feito” hoje em dia. (desenhos).
Hoje, podemos dizer que o que está na moda são frases, pássaros, penas, caveiras no estilo Chicano, florais no estilo tradicional, entre outros.
Neste contexto podemos afirmar que tem tudo haver com modismo, mas cabe salientar que mesmo na moda, esses desenhos podem ser incorporadas a marcas próprias e individuais de cada pessoa.
Por exemplos as frases, que, por mais que se pareçam e estejam sendo feitas nos mesmos locais, cada uma conta uma história, cada uma tem um significado particular pela pessoa que a fez, portanto, por mais que na moda ou parecidas que sejam, são totalmente diferentes.
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